Tenho que demitir. Um papel de vilão necessário.

Se você é gestor de uma empresa, sabe que contratações e
demissões acontecem o tempo todo. E é assim mesmo, pois o mercado de trabalho é
um ciclo contínuo, o mercado muda, as organizações e as pessoas mudam e assim
por diante. Por isso o papo de hoje é sobre um papel muito importante de um
líder: o momento da demissão.

Chamar um colaborador para uma sala e dar as más notícias,
ou seja, entregar a carta de demissão e comunicar que os “serviços dele não são
mais necessários para a empresa”, pode ser um momento doloroso. Desse modo,
como demitir sem pesar tanto para o colaborador quanto para o gestor?

Em primeiro lugar todos aqueles que um dia pretendem ser
líderes devem entender que existe um ciclo que chamamos de experiência do
funcionário, e o feedback contínuo e o processo de demissão fazem parte deste
processo, portanto o líder tem que estar preparado.


“Aprender a dar a má notícia é uma coisa importante para o líder, ou seja, aprender a ter empatia com o ser humano que está do outro lado.” – Roberto Carlos de Freitas

 

Ainda sobre isso, Valéria ressalta que a política de
feedback constante ajuda o funcionário a entender quais são as suas
oportunidades de melhoria, dando assim possibilidade de ajustar sua performance
e comportamento e desta forma a demissão não é mais necessária. Por outro lado,
se o funcionário não apresenta melhora com os feedbacks, a demissão é
totalmente justificável. Por isso, atente-se aos processos de avaliação de
forma transparente e honesta.

Ainda dentro deste contexto vale ressaltar que a cultura da
empresa faz muita diferença, um momento como este os líderes refletem a forma
que Empresa pratica de fato seus valores e demonstra qual a importância das
pessoas para a organização. 

 

“Este momento delicado, na verdade é melhor ou pior sucedido dependendo da prática de gestão que levou até este momento” – Valéria Fernandes

 

Desta forma precisamos falar das etapas do processo de demissão:

Pense no colaborador que será demitido, no time e na Empresa.

Com relação ao colaborador, prepare os principais fatos que
direcionam sua decisão, de forma clara, direta e honesta, um ponto importante:
não se trata de feedback, mas sim a comunicação de uma decisão, que deve ser
individual e presencial, no local adequado e também tenha o domínio das politicas
e procedimentos para estas situações e indique o suporte e apoio necessário, a Valeria
Fernandes disse: “O líder tem este papel de demitir, muitos consideram um
papel de vilão necessário” apesar disso reforce a empatia nessa ação ao se
colocar no papel do colaborador e, sempre tenha em mente os valores da sua
Empresa.

Com relação ao time e a Empresa, pense que um desligamento pode impactar no clima em muitos aspectos, então a comunicação posterior a demissão é importante, avalie antecipadamente os impactos e faça a comunicação para o time e se necessário faça abordagens individuais para esclarecer os fatos.

Existem em momentos de reestruturação na organização, onde áreas podem ser extintas e existe a necessidade de demissão de um grande numero de colaboradores. Em situações complexas como esta o líder deve estar preparado para comunicar os reais motivos desta decisão, importante é ter sinceridade e transparência para não criar desconfiança e faltar com respeito aos colaboradores.

Outro ponto a se considerar é que a área de Recursos Humanos não desliga ninguém, quem toma a decisão de demitir é o líder. Isso costuma ser confundido em algumas empresas, pois levam em consideração que á área de Recursos Humanos é responsável pelos processos de contratação, avaliação de performance, treinamento e demissão dos colaboradores, contudo, o time de Recursos Humanos entre outras responsabilidade, da o apoio e suporte aos líderes e demais colaboradores envolvidos direta ou indiretamente, embora em situações de reestruturação a área de Recursos Humanos é envolvida,  a decisão de demissão são dos líderes das áreas envolvidas, logo quem comunica é o gestor.


Não terceirize o processo de demissão. Dê a cara – Sérgio Nogueira

 

Segundo Roberto, terceirizar essa função é demonstrar sinal
de falta de preparo da gestão em uma situação crítica como o desligamento. Por
isso, o líder, após avaliar a performance do(s) seu(s) funcionário(s), deve se preparar
e ser transparente. Faça um processo organizado e mostre que a sua empresa
valoriza as pessoas e está em linha com os valores com seus valores.


“A preparação do processo de demissão é ampla, tem que ser executada com muito respeito do início ao fim” – Sergio Nogueira

 

Vale ressaltar que o colaborador que está deixando a Empresa, muitas vezes é um consumidor dos produtos ou serviços e também pode ser um parceiro, um fornecedor, ou seja a relação com empresa e suas marcas vai além da relação profissional.

Por fim, na demissão o líder não precisa e não deve ser um vilão. Basta seguir todos os passos abordados aqui e melhorar os processos de avaliação e acompanhamento dos colaboradores.

COMPARTILHE

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *